segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

AMIGOS E CONFIANÇA

por Aramis

Olá amigos, tudo bem?
Eu poderia estar bem melhor, não fosse uma situação que me ocorreu hoje à tarde. Na semana passada, conversei com um amigo sobre uma idéias que tinha para melhorar um projeto que temos em comum. Este projeto envolve um contigente muito grande de pessoas. Qualquer mudança proposta, deve ser avaliada e reavaliada antes de ser posta em prática.

Apresentei-lhe uma proposta inicial e estava muito confiante. Ele começou brincando dizendo que eu estava ficando maluco. Preferi não levar a sério o comentário. Pouco depois, ele falou sobre algumas mudanças inviáveis e me mostrou como poderia melhorá-las. Hoje pela manhã apresentei-lhe uma nova proposta nos moldes dos apontamentos feitos por ele. Muitos deles não foram tão bem aceitos por mim, mas como ele mesmo me disse, "nem sempre é como nós queremos".

Ele fez outros comentários e apresentou uma série de etapas, quase uma corrida com obstáculos, para que enfim, consegui efetuar tais mudanças. As mudanças não serão benefício meu e sim, de todos os envolvidos no processo (mais de mil pessoas).

Sei que preciso desenvolver humildade para aceitar que algumas coisas realmente não acontecerão como eu quero, pelo menos imediatamente. Mas acho desnecessária essa "embarreiração". Outras pessoas propuseram mudanças e estas foram aceitas sem burocracia (EU VÍ).

Mas tudo bem. Seguirei em frente porque confio em mim mesmo. Estas mudanças beneficiariam também a este meu "amigo". E o melhor disso tudo é que ele me fez sentar e repensar a minha vida. Espero ter sabedoria para agir certo. Não quero ser injusto com ele mas também não quero ser injusto comigo. aliás, não posso e nem devo ser injusto comigo.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

CARNAVAL E SEUS MISTÉRIOS

Devaneios sobre o Carnaval de Salvador
Por Aramis

Muitos mistérios rondam o Carnaval de Salvador. Qualquer um de nós pode ser vítima dos eventos inexplicáveis que se propagam neste período. Por exemplo, algumas redes de televisão locais insistem em esconder informações importantes, como números reais da violência na cidade. Festejam o sucesso do tradicional Circuito Osmar do Carnaval (Campo Grande), quando o que se vê na verdade são arquibancadas vazias e os blocos desfilando para um público menor a cada ano. Diferente do circuito Dodô (Barra/ Ondina) cada vez mais cheio, mais violento, menos estruturado e menos assistido pelas lideranças locais.
Sobre o circuito do Campo Grande, grande também foi a decepção do Rei Momo, Pepeu Gomes, ao se apresentar no final do desfile da sexta-feira, segundo dia de Carnaval para as ruas praticamente vazias. Isso não foi noticiado e acredito que a imprensa local jamais questionará o porquê do Rei Momo (junto aos Novos Baianos) fechar o desfile dos trios elétricos e não abri-lo? A abertura oficial do Carnaval na quinta-feira foi feita por ele, mas as ruas no primeiro dia de Carnaval também não têm um público tão grande.

Informações importantes referentes à chegada dos turistas e sua participação financeira no período do Carnaval de nossa cidade, limitam-se à fracas matérias televisivas que não aprofundam-se no tema e que se fossem reprises de anos anteriores não fariam a mínima diferença. Ninguém perceberia.

Mas, nem tudo está perdido! Medidas de segurança enfim foram tomadas, como aumento das câmeras nas ruas, mas fica, infelizmente, a dúvida: operadores para estas câmeras foram preparadas a tempo? Outra coisa BACANA é que o prefeito este ano não cometeu a gafe de carnavais passados, quando declarou ter sido obrigado a utilizar verbas destinadas à compra de merenda escolar e remédios para financiar o Carnaval. Ah, dia 08 de fevereiro até o vi no Farol da Barra falando sobre as mudanças feitas do Carnaval do ano passado para este ano. Tomei um susto ao vê-lo caminhando de um lado a outro da rua. Não lembrava mais que durante o Carnaval ele aparece, já o resto do ano...

O que fica de realmente bom, mesmo sendo um mistério, é que nosso povo continua o mesmo. Sorridente nos momentos de dificuldade e aguerrido como sempre. Disposto a superar as dificuldades, batalhador e assim mesmo alegre. Que não resiste às batidas fortes dos tambores e ao brilho das estrelas do axé.
Para comprovar isso tudo, até por que já desisti de desvendar os mistérios do Carnaval de Salvador, gostaria de relatar que tive a oportunidade de dialogar rapidamente com um grupo de cordeiras de bloco. Eram 8 mulheres que seguiam juntas para trabalhar no circuito da Barra, segurando a corda de um famoso bloco carnavalesco. Uma delas relatou, em poucas palavras, o sentimento que com toda a certeza, permeia o coração da maioria dos cordeiros. Ela disse o seguinte: “Sozinha eu não iria. Só vou porque uma vai chamando a outra e quando agente vê, tem um monte de pessoas que se conhecem trabalhando juntas. Dá pra uma proteger a outra e todas curtem o Carnaval. É por isso que nós vamos, mais pra curtir que pelo dinheiro. O dinheiro é pouco, mas a curtição é muita”.